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Ações e peso despencam na Argentina após derrota de Milei em eleição local

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    Redação
  • há 7 horas
  • 2 min de leitura
Eleitor coloca seu voto na urna durante as eleições legislativas em La Plata, província de Buenos Aires.
Foto: STRINGER

Os mercados financeiros argentinos reagiram com forte instabilidade nesta segunda-feira (8) após a derrota do partido do presidente Javier Milei nas eleições legislativas da província de Buenos Aires. As ações de empresas argentinas em Wall Street registraram quedas de quase 20%, e a Bolsa de Buenos Aires abriu o dia com perdas superiores a 12%. O peso argentino despencou frente ao dólar, alcançando 1.460 pesos por dólar, com uma desvalorização de 5% em relação ao fechamento da última sexta-feira.


O revés eleitoral de Javier Milei


A derrota do partido A Liberdade Avança na província mais populosa do país foi vista como um duro revés para o governo. O partido de Milei obteve 33% dos votos, ficando 14 pontos percentuais atrás do grupo peronista Força Pátria, que venceu com 47%. A eleição era considerada um teste crucial a caminho das eleições legislativas nacionais de meio de mandato, marcadas para 26 de outubro.


Fatores por trás da crise econômica e política


A reação dos mercados reflete não apenas o resultado eleitoral, mas também a desconfiança dos investidores em meio a outros desafios do governo. Na semana passada, o governo precisou intervir no mercado cambial com fundos do Tesouro para conter a desvalorização do peso, que foi acelerada por um escândalo de suposta corrupção envolvendo a irmã do presidente, Karina Milei.


O governo, que opera em minoria no Congresso, também enfrenta um momento difícil com o parlamento. Recentemente, um veto presidencial a uma lei de fundos para assistência à deficiência foi revertido, e outros dois vetos sobre financiamento universitário e do hospital pediátrico Garrahan ainda estão pendentes de análise.


Governo reafirma rumo e faz autocrítica


Apesar do cenário, Javier Milei reafirmou o rumo de seu governo e seu plano de austeridade, que promoveu cortes em áreas sensíveis como saúde e educação. "Não recuaremos nem um milímetro na política do governo. O rumo não apenas está confirmado, mas também será aprofundado e acelerado", declarou o presidente. No entanto, o chefe de gabinete, Guillermo Francos, fez um raro gesto de autocrítica. Ele admitiu que "há uma distância entre o que a população pensa e o que o governo propõe como política" e que é preciso analisar os erros para que os resultados macroeconômicos cheguem à população.


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