Zelensky impõe condição de garantias de segurança para se reunir com Putin
- Redação
- 21 de ago.
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Atualizado: 31 de ago.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, estabeleceu uma condição clara antes de aceitar um encontro com o líder russo, Vladimir Putin: a definição de um plano de garantias de segurança contra futuras agressões.
A exigência, feita após conversas com líderes ocidentais, inclusive o presidente dos EUA, Donald Trump, coloca em xeque a intenção de Washington de acelerar um acordo de paz. Em resposta, a Rússia se manifestou veementemente contra a presença de qualquer força de paz estrangeira em território ucraniano.
A diplomacia em xeque: Ucrânia exige garantias de segurança
A declaração de Zelensky revela a cautela de Kiev em meio a um cenário diplomático complexo. O presidente ucraniano informou a jornalistas que busca "entender a arquitetura das garantias de segurança" e espera uma definição em um prazo de "sete a dez dias". Somente após essa confirmação, ele estaria disposto a se encontrar com Putin, em um prazo similar de "uma ou duas semanas". A pressa de Trump por um acordo rápido parece não se alinhar com as necessidades estratégicas da Ucrânia.
"O formato proposto provavelmente envolve algum tipo de concessão", afirmou Zelensky, sugerindo que Kiev pode estar disposta a fazer uma pausa nos combates, mas sem ceder em pontos essenciais de sua soberania. A preocupação ucraniana se intensifica com a percepção de que a administração americana pode estar cedendo a exigências russas, como a possível anexação de territórios e o abandono da adesão da Ucrânia à OTAN.
Forças de paz e o impasse russo
As discussões sobre a paz trouxeram à tona a ideia de uma força terrestre de paz, composta por soldados europeus, uma sugestão levantada em uma reunião na Casa Branca. Contudo, essa proposta encontra forte oposição de Moscou. O chanceler russo, Sergei Lavrov, rejeitou a possibilidade, classificando-a como "absolutamente inaceitável". Ele argumentou que a medida seria uma "intervenção militar estrangeira" em solo ucraniano.
Lavrov também criticou a insistência de Zelensky e Trump por uma reunião imediata, sugerindo que isso substitui o "trabalho sério" de negociação. A posição russa é clara: qualquer plano de segurança para a Ucrânia deve incluir a participação de Moscou.
Ataques contínuos ofuscam a diplomacia
Enquanto as negociações enfrentam um impasse, a violência não cessa. A Rússia lançou um dos maiores ataques aéreos dos últimos tempos, atingindo cidades distantes da linha de frente. Segundo a Força Aérea ucraniana, foram utilizados centenas de drones e mísseis, deixando ao menos um morto e 12 feridos.
O chanceler ucraniano, Andrii Sybiha, descreveu o ataque como "terror contra pessoas, empresas e a vida cotidiana", reforçando a urgência de uma solução, mas também a dificuldade de se alcançar a paz diante da escalada de violência. As negociações, que poderiam ocorrer na Áustria, Turquia ou Suíça, estão suspensas por conta dos conflitos e da falta de acordo sobre as garantias de segurança. Com informações de: O Globo
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